quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

È como se eu caísse de um penhasco...

Sim eu estou caindo e vejo os rochedos pequenos lá em baixo, eu sinto o vento congelaste batendo em meu rosto, eu me sinto flutuando, me sinto mal, me sinto, eu na verdade não sei mais como se sente, me sinto como se não tivesse uma historia, "como se as palavras fossem para um livro invisível aonde me roubou tudo que queria tanto descrever, por que às vezes o mais fácil a fazer é falar que você está bem do que contar pelos vários motivos para qual você está mal, é mais fácil escrever aqui num cantinho de uma folha do que sair gritando por uma rua deserta entre a chuva", fácil,caindo por entre o penhasco sem fim que estou indo, vejo pássaros ao meu lado, voando, vejo pessoas na areia, escuto vozes, sinto frio, sinto fogo vindo de dentro de minha alma, sinto meu coração quebrando, cada pedaço, cada misero pedaço dele indo aos poucos as pedras, assim como meu corpo, meu horrível corpo, assim como minha estúpida vida indo embora finalmente "do alto da pedra eu busco impulso pra saltar, mais alto que antes bem mais que tudo eu quero ir" sim eu pulei, pensei nesse trecho e pulei, e agora estou mais perto da água, sinto ela me puxando, sinto suas ondas querendo levar tudo de mim, querendo me levar, sinto ela cada vez mais perto.
E agora a água pega meus cabelos, aonde vão molhando calmamente, e vou sentindo um gelo, um cala frio sinto a ponta de meus cabelos molharem, e quando encosto-me à minha cabeça vejo sangue o sangue mais vermelho e mais puro de toda minha vida, a boca congelada sai um sorriso, fico com a mão em punhos, e meu corpo vai ficando amortecido, e eu sinto meus pés descalços encostando-se às pedras, e sinto o impacto, de meu corpo batendo por entre as rochas, sinto o sangue que sai de minha cabeça e vai até minha boca gélida, felicidade, mais e a morte? Olha para cima um homem. E esse é o fim "a ultima coisa que sinto é o mar me chamando e me puxando para suas profundezas".

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